Na madrugada de 26 de dezembro de 2024, forças israelenses realizaram uma série de ataques aéreos no Iêmen, tendo como alvos principais o Aeroporto Internacional de Sanaa, a base militar al-Dailami e uma usina de energia na cidade portuária de Hudaydah.
O ataque ao aeroporto de Sanaa resultou em danos significativos à infraestrutura, incluindo a torre de controle e a pista de decolagem. No momento do bombardeio, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, encontrava-se no local, prestes a embarcar de volta para Genebra após uma missão no país. Adhanom relatou que o bombardeio ocorreu a poucos metros de onde ele estava, resultando na morte de duas pessoas e ferimentos em outras 11. Ele e sua delegação escaparam ilesos.
Além do aeroporto, os ataques israelenses atingiram a base militar al-Dailami, que compartilha a pista com o aeroporto, e uma usina de energia em Hudaydah. O governo israelense justificou as ações como retaliação aos recentes ataques perpetrados pelos rebeldes Houthis contra Israel. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que “quem tenta atacar-nos deve ser atingido com força”.
Os Houthis, grupo rebelde iemenita apoiado pelo Irã, reivindicaram a responsabilidade por ataques anteriores contra Israel, incluindo o lançamento de mísseis e drones que resultaram em ferimentos em Tel Aviv. Em resposta, Israel intensificou suas operações militares visando infraestruturas controladas pelos Houthis no Iêmen.
A comunidade internacional expressou preocupação com a escalada do conflito e o impacto sobre a população civil iemenita, que já enfrenta uma grave crise humanitária devido à guerra civil em curso desde 2014. Organizações de direitos humanos condenaram os ataques a infraestruturas civis e pediram moderação às partes envolvidas.
O governo iemenita, por sua vez, denunciou os ataques israelenses como uma violação de sua soberania e apelou à comunidade internacional por apoio na defesa de sua integridade territorial. Enquanto isso, os Houthis prometeram continuar suas ações contra Israel, alegando solidariedade com o povo palestino e oposição às políticas israelenses na região.
A situação no Iêmen permanece tensa, com a população civil sofrendo as consequências de um conflito que se intensifica a cada dia. A comunidade internacional continua a buscar soluções diplomáticas para pôr fim às hostilidades e aliviar o sofrimento humanitário no país.